Interceptando Radiais pelo VOR: O método para interceptar radiais pelo VOR é análogo ao empregado para interceptar QDRs no ADF. Selecione a radial de afastamento desejada, colocando o seu rumo no OBI. Veja para que lado o CDI está deflexionado. Caso esteja para a direita, voe para uma proa 30 graus maior que o rumo selecionado no OBI. Caso o CDI esteja deflexionado para a esquerda, voe com uma proa 30 graus menor que o rumo selecionado no OBI. Aguarde o CDI centrar e voe na proa que está no OBI. Dependendo da sua posição, talvez o indicador TO/FROM ainda esteja em TO. Mantenha o rumo que após sobrevoar o VOR ele irá para FROM. Quando você estiver com o CDI centrado e o indicador em FROM, estará na radial escolhida. Se o indicador estiver em TO você estará na radial oposta. Interceptando Cursos pelo VOR: Para interceptar um CURSO, a técnica é a seguinte: Primeiro veja qual curso você está cruzando. Para isso vá aumentando o valor no OBI até que o indicador TO/FROM esteja em TO e o CDI esteja centrado. Esse é o curso que lhe levaria diretamente ao VOR. Para interceptar o curso desejado, você tem que voar com uma proa maior (ou menor, dependendo da posição em relação à radial) do que o rumo que está no OBI. Veja a figura. Note que se neste caso você tivesse voado na proa 100, não conseguiria interceptar a RADIAL 270. O CDI iria centrar, mas somente após o bloqueio do VOR. Aí você já estaria na radial 090. Note que quanto mais próximo você estiver do VOR, maior vai ter que ser o seu ângulo de correção. Veja a figura seguinte: Navegando com o VOR: Bem... Agora que aprendemos o funcionamento básico do
VOR vamos usá-lo para a nossa navegação. Faremos um
vôo saindo de Meigs Field, passando pelos aeroportos de
O'Hare, Midway, de volta a Meigs a finalmente pousando em
O'Hare. Perdendo-se com o VOR... Agora que vimos como podemos nos orientar com o VOR, vamos ver como podemos nos perder...Como eu havia dito anteriormente, a indicação do VOR não depende da proa da aeronave, ou seja, teremos a mesma indicação do CDI independente do rumo que estivermos voando. Veja a figura: Agora veja o que pode acontecer se você não raciocinar antes de usar o VOR: Suponha que você está voando com proa 090 e foi instruído a aproximar-se do VOR na RADIAL 090. A sua situação vai ser a da figura: Lembre-se que para se APROXIMAR por uma RADIAL deveremos colocar no OBI o rumo da recíproca. Ou seja, se nos for ordenado aproximar pela RADIAL 090, deveremos selecionar no OBI o CURSO 270. Muitos aviadores acabam colocando 090 no OBI e nessa situação vão na realidade se afastar do VOR...Note que no caso da ilustração deveríamos curvar para a direita e voarmos com uma proa 30 graus MENOR que 270. Mas olhando o indicador sem raciocinar...poderíamos achar que é para virar à esquerda...Lembrem-se! Usem a cabeça e façam uma figura mental antes de operar o VOR ! A independência das indicações do VOR da proa da aeronave ainda gera outra dificuldade na interceptação de cursos e radiais pelo VOR. Para saber qual a proa a se tomar para interceptar um determinado CURSO deveremos fazer o seguinte: Imagine a situação da figura abaixo. Nos foi ordenado aproximar pela RADIAL 180, ou seja, deveremos colocar no OBI o CURSO 360. Vemos então que o CDI foi para a esquerda e o indicador ficou em FROM. Ao checarmos a radial que estamos cruzando, vemos estar na RADIAL 060 (240 TO ou 060 FROM) Se apenas colocarmos uma proa 30 graus menor que o curso 240, ou seja, proa 210, iremos eventualmente interceptar a radial, mas estaremos nos afastando do VOR...Para interceptar radiais nestas situações, procederemos da seguinte maneira. Veja a figura: Preste atenção no potencial de se perder se você não estiver atento! Após passar o través do VOR, você deve fazer curva para a DIREITA, mas o CDI está deflexionado para a ESQUERDA...Lembre-se que você está em um rumo oposto ao selecionado no OBI, logo as indicações não podem ser aplicadas diretamente à sua proa. Lembre-se: Faça sempre uma figura mental da sua posição! Procedimentos IFR com o VOR: Os procedimentos IFR que utilizam o VOR pouco diferem dos procedimentos NDB. Basicamente teremos em alguns procedimentos o fim do afastamento expresso em termos de distância DME. Veja como é a órbita no VOR: Note que no final da perna de afastamento temos que
fazer curva para a DIREITA, apesar do CDI estar
deflexionado para a esquerda. Lembre-se de que estamos
voando em um rumo oposto ao selecionado e que estamos de
fato à direita do CURSO 090 para o VOR. O resto da
órbita é igual ao NDB .Caso você tenha esquecido da
acionar o cronômetro, selecione uma radial 30 graus
menor que o rumo da perna de afastamento ( no caso de
órbita para a direita) e espere centrar o CDI. Quando
centrar faça a curva. Alguns procedimentos requerem que
a órbita seja feita em um fixo definido em termos de
radial e distância de um VOR. Nestes casos, devemos ao
atingir a distância do fixo, efetuar a curva para o rumo
da perna de afastamento. Como não há como determinar o
través do fixo, você deverá iniciar a cronometragem ao
estabilizar no rumo da perna de afastamento ou então ao
atingir a mesma distância DME do fixo. O que ocorrer por
último. O resto é exatamente igual à orbita NDB
convencional. Veja agora o perfil vertical da descida: Note que neste procedimento, após o bloqueio do VOR já podemos começar a descida. Deveremos ao final da curva base estar a pelo menos 3000 pés. Note que há outro fixo na aproximação final, definido pelo curso 298 e 2.6 DME. Deveremos passar esse fixo a ou acima de 2300 pés. Veja que para cada velocidade na aproximação final há uma razão de descida determinada. A MDA é de 1970 pés. Se ao atingirmos a MDA não avistarmos a pista, devemos iniciar a aproximação perdida. O procedimento de aproximação perdida é subir para 4000 pés na radial 298. Por serem mais precisos que os procedimentos NDB, os mínimos de teto e visibilidade para um procedimento VOR geralmente serão mais baixos. |